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quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Soneto-Segundo João Roberto Gullino (projeto-5ºAno)

Existem dois estilos de poemas: a de composição livre, sem ser subordinada a qualquer norma e a de composição tradicional metrificada, condicionada às suas regras. São dois estilos independentes com suas subdivisões.Aqui vamos tratar exclusivamente dum segmento metrificado – isto é, do soneto. Normalmente, o adepto de tal estilo é rigoroso, preservando-o em suas formas originais e fixas. Há muitas controvérsias sobre sua origem que surgiu lá pelo século XII e, embora não tenha sido seu criador, fortaleceu-se e tomou forma própria a partir do italiano Francesco Petrarca (1304/1374) – o modelo petrarquiano.Da Itália, viajou para outros países e na Inglaterra se transformou em soneto inglês, quando foram alteradas somente a colocação de seus quatorze versos – o modelo shakespeariano.
As regras e a nomenclatura do soneto ficarão para uma próxima postagem.Por enquanto devemos saber que é um poema de quatorze versos – dois quartetos e dois tercetos – rimando os dois quartetos e, com rimas diferentes, os dois tercetos.
Exemplo de Soneto:
De Arthur Azevedo (1855/1908)

TERTULIANO


Tertuliano, frívolo peralta
que foi paspalhão desde fedelho,
tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
tipo que morto não faria falta.


Lá num dia deixou de andar à malta
e indo a casa do pai, honrado velho,
à sós, na sala, em frente de um espelho,
a própria imagem disse em voz bem alta :

- Tertuliano, és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso...
Que mais no mundo se te faz precioso?

Penetrando na sala, o pai sisudo
que por trás da cortina ouvia tudo,
severamente respondeu : - Juízo.

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